Entrevista para a Revista Veja:
http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/nao-e-mais-possivel-dizer-que-nao-sabiamos-diz-philip-low
Documento na íntegra:
http://fcmconference.org/img/CambridgeDeclarationOnConsciousness.pdf
http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/nao-e-mais-possivel-dizer-que-nao-sabiamos-diz-philip-low
Documento na íntegra:
http://fcmconference.org/img/CambridgeDeclarationOnConsciousness.pdf
Neurocientistas
admitem existência de
consciência em animais
Entrevista para
a Revista Veja com Philip Low.
"Não
é mais possível dizer que não sabíamos", diz
Philip Low.
No dia 7 de julho de 2012,
26 neurocientistas em parceria com o físico Stephen Hawking,
publicaram uma declaração que afirma que todos os mamíferos
(vacas, cães, baleias, humanos etc.), aves e muitas outras
criaturas, como o polvo, tem consciência! Eles entendem que as
estruturas cerebrais que produzem a consciência em humanos, também
existem nos animais.
"Isso quer
dizer que eles sofrem. É uma verdade inconveniente, sempre foi fácil
afirmar que animais não têm consciência. [...]. Não é mais
possível dizer que não sabíamos."
-Que
tipo de comportamento animal dá suporte à ideia de que eles têm
consciência?
Quando
um cachorro está com medo, sentindo dor, ou feliz em ver seu dono,
são ativadas em seu cérebro estruturas semelhantes às que são
ativadas em humanos quando demonstramos medo, dor e prazer. Um
comportamento muito importante é o autorreconhecimento no espelho.
Dentre os animais que conseguem fazer isso, além dos seres humanos,
estão os golfinhos, chimpanzés, bonobos, cães e uma espécie de
pássaro chamada pica-pica.
-As
conclusões do manifesto tiveram algum impacto sobre o seu
comportamento?
Acho
que vou virar vegano. É impossível não se sensibilizar com essa
nova percepção sobre os animais, em especial sobre sua experiência
do sofrimento. Será difícil, adoro queijo.
-O
que pode mudar com o impacto dessa descoberta?
No
longo prazo, penso que a sociedade dependerá menos dos animais. Será
melhor para todos. Deixe-me dar um exemplo. O mundo gasta 20 bilhões
de dólares por ano matando 100 milhões de vertebrados em pesquisas
médicas. A probabilidade de um remédio advindo desses estudos ser
testado em humanos (apenas teste, pode ser que nem funcione) é de
6%. É uma péssima contabilidade. Um primeiro passo é desenvolver
abordagens não invasivas. Não acho ser necessário tirar vidas para
estudar a vida. Penso que precisamos apelar para nossa própria
engenhosidade e desenvolver melhores tecnologias para respeitar a
vida dos animais. Temos que colocar a tecnologia em uma posição em
que ela serve nossos ideais, em vez de competir com eles
Nenhum comentário:
Postar um comentário